Mar à Pedra

Mar à Pedra

domingo, 27 de maio de 2012

Os Sete Pecados Mortais

Para quem me conhece bem sabe que a imagem, acima exposta, é da minha perna direita. Um olhar mais observador  evidencia um número que simboliza, talvez, a minha única superstição individual. É o número sete! Pois é! Este número não me larga, ou será apenas coincidência? Quem sabe? Muitas poderiam ser as razões por mim alegadas para a focalização neste número, em particular. Contudo, não as vou expor, até porque seriam falaciosas. Para quem quiser encontrar mais que razões para olhar de um modo diferente para este número aqui vai um sítio: http://multiolhares-poetadaspiramides.blogspot.pt/2008/12/simbologia-do-numero-7.html. Ainda assim, não são estas as minhas invocadas razões. Veremos então quais são:
O facto de não seguir qualquer religião, na verdadeira essência da palavra, (apesar da busca de respostas do Divino ter sido, efetivamente, diversa) fez de mim um defensor dos equilíbrios naturais e, sendo eu um ser racional, fiz da minha vida, também, uma busca de soluções pessoais e coletivas para os males do meio que me rodeia. É o que posso tentar fazer, ou não é? No entanto, faço parte de uma sociedade, integrado numa espécie altamente conflituosa, que cria fronteiras entre quase tudo, entre espaços físicos mas até em espaços virtuais, em que os determinantes e pronomes possessivos abundam, sem que sequer nos apercebamos desse facto. É assim a nossa sociedade! Uns pensam de uma forma e outros de outra, detemos essa capacidade pois somos seres pensantes, ainda assim, não passamos de primatas, não querendo desta forma utilizar a palavra com um tom conotativo e negativista. Mas é um facto!
Na verdade, nós, Sapiens Sapiens,  temos duas coisas que os restantes seres não detêm, pelo menos de uma forma evidente: O polegar amovível; e a capacidade de reconhecer o erro e emendar. Se, desde cedo, o Sapiens Sapiens desenvolveu competências e evoluiu na primeira capacidade, já na segunda o processo não poderia ser mais moroso. Somos o único ser vivo que mata pares da sua espécie, por razões que nada têm a ver com a simples sobrevivência. É incrível! O que pensamos ser e o que, na realidade somos!
Não, não fugi à razão de ter o fascínio pelo número sete. Segundo a religião cristã este número tem um cariz purificador que, curiosamente, faz algum sentido. Pelo menos no meu ponto de vista.
Assim a minha humilde e frustrante busca é a da Perfeição, algo que este número simboliza, por várias razões mas, acima de tudo, pela constante presença de alguns substantivos abstratos, que têm tanto de visíveis que se expressam em atos, bem concretos, como o caso da Avareza. Uma pessoa avarenta tem dificuldade de abrir mão do que tem, mesmo que receba algo em troca, tem cuidado com os seus pertences como uma pessoa egoísta. Prefere abrir mão do que tem menos valor e preservar o que é mais valioso. Acha que perder algo pode ser um desastre. Conheço tantos...;
A Gula é um defeito que, também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. Cada vez mais disseminada pela nossa sociedade consumista. O pior é quando é utilizada por vias ilegítimas e intoleráveis, torna-se ainda mais feio; 
 A Inveja pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual. É algo com que convivemos diariamente, muitas vezes sem nos apercebermos, mas que está lá e nos perturba, às vezes por quem menos esperamos. É um facto!
A Ira é um sentimento mental e emotivo de conflito com o mundo externo ou consigo mesmo, que controlamos pouco e dominamos pior ainda. A ira pode refletir-se tanto contra os outros como contra si próprio, dependendo de como se desenha o ocorrido. Quando surge a ira, somos tomados pelas emoções, de tal forma, que perdemos a racionalidade, deixando-nos fora de nosso juízo normal, podendo-nos levar a cometer erros dos quais nos arrependeremos a posteriori.
Por ter componentes irracionais, a ira não deve ser confundida com o Ódio, que pode atingir os seus objetivos destrutivos somente pela racionalidade. Quando muito forte, a ira pode converter-se em ódio, o que faz a pessoa querer, pelo uso da razão, vingar-se e compensar o que sente de mal, sentindo prazer ao obter êxito. A ira é um sentimento rápido e breve, enquanto o ódio pode durar até uma vida inteira.
Na Luxúria, é incontornável a ligação aos prazeres carnais, diga-se naturais e saudáveis, para qualquer ser vivo que possa usufruir dos mesmos. Ainda assim, é, talvez, o mais perigoso pois pode despoletar outras fraquezas que só distanciam o Ser da perfeição. Num texto em sânscrito (Bhagavad Gita) é atribuída uma frase ao personagem Krishna (reencarnação de Vixnu) que subscrevo, na íntegra: "É a luxúria, nascida dentre a paixão, que se transforma em ira quando insatisfeita. A luxúria é insaciável, e é um grande demónio. Conheça-a como o inimigo."
 Apesar de reconhecer que alguns conceitos poderão fazer do Orgulho um conceito positivo (ex: orgulho de ser português), na verdade levar este conceito para a interação social, para além de poder despoletar, no outro, reação negativa, pode transformar-se em vaidade, ostentação, soberba, sendo visto apenas então como uma emoção negativa: a Arrogância.
Finalmente, a Preguiça pode ser interpretada como aversão ao trabalho, bem como negligência, morosidade e lentidão. O preguiçoso, conforme o senso comum, é aquele indivíduo avesso a atividades que mobilizem esforço físico ou mental. Deste modo, é este o caminho daqueles que, por conveniência, lhe é conveniente direcionar a sua vida a fins que não envolvam maiores esforços. Estão a pensar o mesmo que eu? Tantos em busca do caminho mais fácil, não é?
É por isto que olho para o 7 como um símbolo que é diabolizado pela cristandade mas que, com algum sentido, tenta buscar um equilíbrio que o ser humano, por si só, não consegue alcançar. Repito, por si só. É necessária a colaboração dos restantes intervenientes para se caminhar para uma harmonia em que os defeitos se esbatem.
Por enquanto limito-me a impor a mim mesmo a antítese destes valores, ainda assim, por vezes, sintome atraiçoado por uma sociedade sequiosa de insucesso alheio. Não desistirei! Procuro um mundo melhor, mais justo, menos desigual, mais tolerante, mais comunitário, enfim, rumando ao infinito e efémero sonho quimérico do  caminho da Perfeição...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Paz Podre



Segundo notícia, amplamente, difundida pelos meios de comunicação locais (há que aproveitar enquanto ainda existem) foi eleita a nova Comissão Política do PSD e restantes órgãos internos. Até aqui, quase nada de novo, até porque as pessoas são as mesmas, até nisso a notícia tem uma tez de monotonia. 

Interessante foi evidenciar a presença, como seria de esperar, de um "tubarão" (na verdadeira acepção da palavra), em termos distritais, chamado Fernando Costa. Sim, aquele senhor que depois de uma boa "rega" deu aquele afamado espetáculo no Congresso Nacional do seu partido político. 

Com menos euforia veio, este senhor, à Nazaré dizer que a situação financeira em que o país se encontra é da responsabilidade do PS. Ironia do destino estava a falar para uma plateia onde se encontrava um dos piores autarcas eleitos por listas social democratas, desde o 25 de Abril, principalmente, na gestão financeira. Classificar este ato como bizarro será, talvez, um eufemismo grosseiro. 

Falou-se em ganhar, ganhar e mais ganhar, aqui, em Leiria, na China, enfim ganhar é que é importante. O resto é mais do mesmo! 

Interessante foi o desafio lançado à atual comissão eleita de jamais excluir o atual chefe de executivo do processo eleitoral. Assim mesmo! Transformar Jorge Barroso num estandarte de sucesso! Mais uma bizarria, ou talvez não... Pena é este senhor não saber, ou não querer saber, que os jardins públicos não são aparados por falta de gasolina; que os automóveis estão em oficinas há meses por falta de pagamento de reparação; todos os projetos de encher o olho estão no fundo do baú; que já se vendem terrenos para pagar vencimentos, enfim, até os cavaleiros do Círio da Senhora da Vitória passaram fome! Poderia perder mais algum tempo dos leitores com bizarrias, mas este é um discurso que não quero alongar, talvez por ser demasiado monocórdico. 

Afinal é este o verdadeiro estandarte que se quer levantar. Ótimo! E na sombra o paladino que diverge na acentuação das sílabas tónicas como: (perdoem-me o atrevimento) "póssamos", "tênhamos" e "fáçamos". Calma! Bem sei que esta característica não é de um só. Existem , por aí, mais paladinos a expressar-se em Português do Gabão. 

Finalmente, sinto necessidade de referir que, uma vez mais, concordo com o Presidente da Assembleia Municipal da Nazaré. É verdade! Ultimamente, tenho estado de acordo com muitas das suas afirmações públicas. Esta é mais uma. Mas vamos à frase da concórdia. José Bento Jordão considerou ser "difícil suceder a Jorge Barroso"! Quem não concorda com uma frase de tal profundidade? Tenho é a certeza que o argumentário da concordância possa, eventualmente, ser diferente, ou talvez não... Na minha opinião foi mais uma alfinetada à péssima gestão do concelho, disfarçada de elogio. Estarei enganado? Talvez! Mas será que acreditam mesmo que Barroso foi um bom Presidente? Incógnitas que, alguns não se atrevem a descodificar, pelo menos por enquanto. 

Aparentemente, a unanimidade é evidente! Apesar de não se ter um projeto de governação coerente e sério estão todos preparados para o novo assalto aos euros da Democracia. Para isso não podem existir roturas e para os que as promovem a porta está escancarada e o empurrão será dado quando menos esperarem. 

Como nunca fui um adepto das unanimidades forçadas, só porque me fazem lembrar coisas do passado, só por isso... Esqueci de referir que a derradeira estratégia desta força política é a derradeira ingerência no processo eleitoral do partido rival. 

Fico-me com a seguinte pergunta retórica: Como é possível a esperteza social democrata conseguir derrotar a inteligência dos grande estrategas socialistas? Parece mentira! Mas não é. Então que diabos! Abram os olhos e lavem-nos com água porque os banhos de creolina não só emanam um cheiro desagradável e característico como também turva o raio de visão. 

Um recadinho: Ninguém gosta do cheiro da creolina. Afasta as pessoas. Tomemos um banhinho com água de rosas, nem que seja semanal, e vão ver que a proximidade das populações será diferente. 



Au revoir!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Matem-se, esfolem-se mas não me aleijem!

Depois de quase uma década a combater as políticas social democratas e as de Jorge Barroso, no concelho da Nazaré (isto se elas existirem, de facto)tive a oportunidade de evidenciar o ADN de quem vive da e para a política local. Cedo percebi o que movia as pessoas. Tudo menos o interesse coletivo mas sim a ganância do EU. Nunca se conjuga o verbo na 1ª pessoa do plural. Não está no ADN. Como tudo na vida, não há regra sem exceção. E conheci algumas.
Para mim chega! Estou farto! Apesar de ter média, não entrei no curso de Gestor de Egos, não por incompetência intelectual mas sim por inaptidão. Optei por outra vertente, não me arrependo, como não  me arrependo das posições que tenho tomado na minha vida política, porque posso estar errado mas defendo as minhas crenças SEMPRE. E diga-se que muitas delas têm-se concretizado. 
Continuem a viver de ilusões, invistam financeiramente no alimento do ego, deixem-se andar por aí que eu ando por aqui.
Partam a loiça toda, depois acusem-se mutuamente de eventuais derrotas, deixem-se enganar por fugazes sensações de vitória, enfim, deixem-se andar a ser como são!
Quando precisarem de mim chamem. Mas tem de ser para coisas sérias porque por agora deixarei os galos se debicarem até as feridas gangrenarem. É esse o ADN deste povo. É impossível pedir a uma aranha para poupar a mosca, também está no seu ADN comê-la.
Só lamento que a minha terra e o meu concelho estejam condenados à falência, ao vazio de ideias, ao egocentrismo, ao ódio, à incompetência, enfim... à efémera esperteza da tacanhez provinciana.
A aranha, sagaz e inteligente como é, continuará a tecer a sua teia, pacientemente, e as moscas continuarão a cair nela, sempre da mesma forma.
Apesar de não estar no topo da cadeia alimentar, tenho instinto de sobrevivência e, por isso, eu que até sei quem é a aranha e onde está a teia, não me alio a ela, não me atrevo! Mas sei como manieta-la! Podia evidenciar algumas metodologias, mas tenho de manter este segredo. É o que me faz manter "vivo" neste lamaçal. Deixo-vos uma pista. Se a querem matar, sejam espertos e fujam que assim ela morre de fome!
É a lei da Natureza! Darwin tinha a sua razão. Os mais fortes sobrevivem. Ainda assim, discordo numa questão, que para mim é basilar. Se esta lei se aplicasse, sempre, não seriam os dinossauros a reinar na Terra? Concluo que não há regra sem exceção. Nem sempre são os mais fortes que vingam! Um dia o poder esvai-se! Esta sim é a lei do equilíbrio natural.
Aprendam a viver, a respirar, a dar valor aos segundos de vida, ao que nos rodeia, de bem e de mal, e depois venham falar comigo. Até lá um tchauzinho. Porque que se eu quisesse "apanhar" tinha continuado no Kickboxing, que só abandonei (apesar das saudades) por ser algo pouco adequado à profissão que desempenho (por razões estéticas). 
Aprendi, desde cedo a não ter medo de apanhar, mas se puder evitar...
Pensem nisto! Ou então deixem estar... Talvez um dia percebam...