Mar à Pedra

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Reciclar é poupar


No que concerne à gestão de resíduos sólidos urbanos no concelho da Nazaré, o que se pode dizer é que o que, atualmente, se pratica é um modelo errado, errático e sem estratégia definida, no médio-longo prazo, já que não é apto a rentabilizar recursos, perecendo no aumento de taxas globais como medida de redução despesa.
Para que melhor se perceba este “negócio” as câmaras municipais são intermediários no encaminhamento de todos os resíduos produzidos pelos munícipes e / ou visitantes. Assim, o pagador é sempre o alegado produtor e, da mesma forma, o recetor destes resíduos é o cobrador das verbas provenientes do serviço prestado. Contudo, este é um negócio bicéfalo, ou seja, gera despesa mas também pode gerar receita e é nesta verdadeira gestão que se pode pagar mais ou menos pelos resíduos produzidos.
No caso do concelho da Nazaré a grande maioria dos resíduos foi destinada para aterro, ou seja, não passível de seleção e valorização, o que significa que só no último ano foram produzidos e encaminhados mais de 10 milhões de quilogramas de resíduos para depositar em aterro, o que resultou no pagamento de uma verba a rondar os 2,5 milhões de euros pelos munícipes do concelho de Nazaré. No entanto, apenas foram direcionados para valorização futura, quinhentos mil quilogramas, vinte vezes menor quantidade que a direccionada para aterro. Curioso é verificar que este produto valorizável é uma receita da autarquia, no entanto, esta não é uma aposta concreta da atual gestão autáquica.
Este é um “negócio” em que a autarquia nazarena, enquanto maior produtor de resíduos da região oeste, não pode descurar e assim afirmamos, de uma forma efetiva, que o PS, enquanto gestor do destino políticos do concelho da Nazaré comprometer-se-á a implementar um sistema de gestão de resíduos em que o primeiro objetivo é aumentar, exponencialmente, o número de quilogramas de materiais valorizáveis, já que muitos destes são encaminhados para aterro, sendo, desta forma, uma despesa e não uma receita. Para isto suceder é imperioso estabelecer atividades de formação e sensibilização da sociedade civil, industrial e comercial e para isso é indispensável a parceria das corporações públicas e privadas, comerciais, industriais, educativas, turísticas, de saúde, florestais, etc. Esta é a forma de, primeiramente, englobar a sociedade num processo que é de todos, pois de outra forma dificilmente se atingirão níveis de sustentabilidade financeira, que a todos será prejudicial, principalmente, para os que mais produzirem resíduos. Só assim se poderá implementar o princípio de poluidor-pagador num processo que envolve todos os agentes políticos, sociais e económicos.

in , Folha Socialista - PS Nazaré 

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