Este poema foi por mim criado no, já longínquo, ano de 1996. Tinha então uns singelos 19 aninhos.
Publico-o agora como singela homenagem a todos os que sofreram as agruras da vida do mar, em especial, a mulher do pescador que, impotente, tantas vezes, assistiu ao partir de entes queridos: Pais, maridos, filhos e até netos desapareciam na penumbra do mar de quem só se perpetuava a saudade.
Mas a mulher, mesmo sofrendo, e muito, não virava a cara à luta. A sua coragem e abnegação não devem ser esquecidas e têm de perdurar no genoma local, para bem da identidade nazarena.
Publico-o agora como singela homenagem a todos os que sofreram as agruras da vida do mar, em especial, a mulher do pescador que, impotente, tantas vezes, assistiu ao partir de entes queridos: Pais, maridos, filhos e até netos desapareciam na penumbra do mar de quem só se perpetuava a saudade.
Mas a mulher, mesmo sofrendo, e muito, não virava a cara à luta. A sua coragem e abnegação não devem ser esquecidas e têm de perdurar no genoma local, para bem da identidade nazarena.
Povo bravio, que a vida arrisca
em turbulentas águas,
sedentas de desgraça humana;
vida dá, e risco emana.
Nortada Neptuno apoia
na fogosa busca de morte
o pescador arrisca a sorte
pr’a que dos seus não cuide a vida.
Chispam dos céus tortuosos raios
por Zeus mandados, por bravos
recebidos,
sobrenaturais forças ceifam lacaios
nobres estes que de pé são vencidos.
Injustiça impera pr’a lá da praia
afundando consigo bravura e fé
deixando lutuoso povo de negra saia
naquela praia, Nazaré…
Jorge Eustáquio 27.06.96
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